Ser nacionalista causa urticária?
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Tenho orgulho na minha bandeira, até me podem considerar nacionalista, mas odeio falsos nacionalistas.
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Muitos de vocês já estão a pensar: ah, pois, este texto só vem a propósito devido ao Mundial. E se for? As palavras que se seguem deixam de ter importância?
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Ticha Penicheiro, diz-vos alguma coisa? Ok, é uma basquetebolista portuguesa que actualmente joga na WNBA (USA) pelo Sacramento e que foi campeã em 2005. Eu assisti ao jogo e não tenho vergonha em dizer que na final, rolaram pelo meu rosto umas lágrimas de orgulho. Sendo ela o pilar da equipa e portuguesa. E para glorificar a sua exibição o último ponto da sua equipa foi magistralmente marcado por ela, ouvindo-se de seguida o apito e vendo-se a bandeira portuguesa.
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De cada vez que um português se destaca, não me interessa a área, sinto como se fosse uma vitória nossa. Tão pequeninos e desprezados, quando mostramos a nossa raça, sinto um orgulho que não consigo colocar em palavras.
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Há quem critique que o pais vai parar outra vez por causa do futebol. Claro que vai parar! As pessoas andam infelizes, não sabem para onde se voltar e vêem na sua selecção uma esperança; anseiam por uma alegria que lhe prove que não somos um povo de merda.
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Sou pela união. Se neste momento, o que nos vai unir é o futebol, vamos a isso.

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Se neste momento é no futebol que o conseguimos fazer, então vamos embora. União em torno da nossa bandeira. Para muitos dos que vivem cá, esta pode não ter nenhum significado, mas acreditem que para os milhões de emigrantes espalhados pelo mundo tem. Eles vão estar nos estádios, com ela nas mãos a sofrer pelo seu país.
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Eu vou sofrer. Não por ser um simples jogo, mas porque é a oportunidade que detenho de ver minha bandeira nos estádios. De ter orgulho no meu país e de sonhar que apesar de estarmos numa situação de merda, vou poder sonhar, sonhar que talvez isto mude.