-Cybersex
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Vamos todos dar as mãos e reflectir sobre este assunto.
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Este tema por vezes parece invisível para alguns humanos, daí a imagem, acho que o ilustra na perfeição. É invisível na maior parte dos casos, para aqueles casais que já estão juntos desde a idade média e cujo apenas um dos elementos sabe o que é um computador e como o manusear.
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Há um ano ou talvez mais, não o sei precisar, uma terrestre amiga desabafava sobre o sogro - um humano na casa dos 50 - que despendia noites agarrado ao seu computador, enquanto a esposa ia para a cama acabando por adormecer aguardando pelo ser. Claro que tendo uma mente suja, eu disse-lhe de imediato que havia ali um "caso". Quando me dirigia para casa comecei a divagar: terei mesmo uma mente assim tão suja que não admite a possibilidade de o senhor passar noites a fio a pesquisar temas do seu interesse no Google?
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Resumindo, a minha mente pode ser suja mas desta vez estava certa, o senhor era um frequentador assíduo dos "chats". Para aqueles que desconhecem o termo, são salas de conversação que no passado até poderiam ser de convívio mas que no presente são de engate.
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O cybersex ou sexo virtual é uma espécie de fast food do sexo. Isto só para começar.
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Não se pode comparar com o "verdadeiro" sexo, mas para aqueles que não conseguem obter o Santo Graal, o sexo virtual parece ser a resposta. Ora vejamos - e por favor se tens menos de 18 anos vai já ver televisão antes que eu chame os teus pais - é muito mais gratificante para um terrestre estar a escrever obscenidades para uma terrestre com o objectivo de ficar duro, para depois poder iniciar o ritual da masturbação, do que o fazer sozinho olhando para uma revista ou vendo um qualquer filme pornográfico.
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No cybersex, há ali uma ligação. Existe um jogo de pingue-pongue. Dá cá, toma lá. É uma coisa a dois que bate qualquer revista ou filme. Nenhuma revista responte: sim querido , estou-me a vir! Nenhum filme pornográfico pergunta: o que queres que te faça agora?
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Surpresa das surpresas, até já bate o phone sex. A razão mais óbvia é que para os terrestres obterem sexo por telefone - os solteiros, e os casados com taras - têm necessariamente de pagar uma fortuna para ouvir gemidos e muitos "ais" e "uis".
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Assim, eles trocam os gemidos e as gigantescas contas de telefone pelo cybersex sem hesitar, até porque podem se bem entenderem ver a pessoa com quem estão a ter sexo. Isto graças à maravilhosa invenção das webcameras. Mas também temos os microfones, mas não é por aí que o cybersex arrasa com o phone sex dessas operadoras que andam por aí a dar com um pau.
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Os terrestres sentem uma ligação na web, sentem que a pessoa que está do outro lado quer tanto quanto eles ter cybersex, ao contrário do phone sex. No segundo caso, estes sabem que a pessoa do outro lado da linha só ali está para receber uns trocos, enquanto finge prazer. Pode parecer estranho mas no cybersex, a parte sensitiva - mesmo que não seja de uma forma consciente - tem uma palavra a dizer. Há um jogo de pingue-pongue sem dinheiro à mistura. cybersex derruba phone sex.
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Afinal porque motivo o sexo virtual é cada vez mais popular?
Talvez porque no mundo virtual as ditas "tampas" são em menor número do que no mundo real. Grande parte dos humanos estão esgotados de sair de casa e regressarem sempre sozinhos. Andam à procura de algo que não encontram e com o passar do tempo agarram-se cada vez mais ao seu querido computador.
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Se entrarmos num chat room e permanecermos por lá mais do que quinze minutos é impressionante como as frases de engate são todas iguais e, este fenómeno dá-se em todo o tipo de salas. Há salas para solteiros, para casados, para casados que andam à procura - acho esta o máximo - , para gays, para sadomasoquistas, para tudo o que se possa imaginar. E depois há mais, há divisões por gostos musicais, por áreas de residência, países;não acaba, é um mundo. Um mundo virtual.
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O facto é que certos humanos preferem ter relações virtuais porque não dão trabalho. Cansaram-se de sair e regressar a casa sempre frustrados. Neste mundo virtual não há espaço para desilusões, querem, têm!
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Sabem que se forem a um chat room, têm 95% de probabilidades de terem sexo virtual e se por acaso tiverem azar e se defrontarem com os 5%, então vão até outra sala. É tão simples como isto.
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O complicado é sair. O complicado é largar o computador, perder o medo da rejeição e ir à procura do Santo Graal. Esse sim, pode dar mais trabalho, mas também dá mais prazer.
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Não há nada que substitua o toque de outro ser.
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Mas isto sou só eu.
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I interviewed many people involved in the cybersex community in Second Life, including a virtual madam,
a dominatrix, and a few women who just enjoy it. One woman had been doing cybersex for nearly 20 years.
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The conclusion I reached to is that cybersex in general, and sex in Second Life in particular,
is no different from any other online recreational activity. It's healthy in moderation,
but it's harmful if it becomes an obsession that excludes real-life activity,
or if you deceive or otherwise hurt the people closest to you.
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Mitch Wagner, InformationWeek journalist, 2007