-Amor Alienígena
-"True love comes quietly, without banners or flashing lights. If you hear bells, get your ears checked."
Erich Segal
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Numa época em que os homossexuais lutam por direitos que lhe são devidos, numa época em que um Bento aconselha os jovens a colocarem de lado o preservativo achei por bem contar esta história. Verídica.
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Quando Justina se apaixonou por Rufiz, nunca lhe passou pela cabeça a partida que o destino lhe estava a cozinhar. Extremamente inteligente, com um sentido de humor do outro mundo Rufiz abrilhantava os dias de Justina, já para não falar no sexo, Justina não sabia que existiam homens capazes de tais proezas na cama e, não era propriamente uma virgem. Estava definitivamente, completamente apaixonada por Rufiz.
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Três meses mais tarde decidiram casar. Viver sobre o mesmo tecto e foi com a convivência que Justina começou a desconfiar de que algo de estranho se passava com o seu amado. O primeiro sinal de alerta foi quando este se recusava a sair de casa para fazer qualquer tipo de recado. Quando o homem mais gordo do mundo se casou, chorou desalmadamente, em frente da televisão.
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Recusava-se a comer ovos porque não queria matar pintos. E um dia, quando Justina ia até ao celeiro deu com Rufiz a realizar uma qualquer espécie de operação no seu cão. Ao confrontá-lo ripostou que apenas lhe estava a retirar as pulgas. Quando na realidade inseriu um "chip" para saber sempre por onde o seu cão pastava.
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O sexo continuava a ser do outro mundo e Rufiz um amor para Justina, mas algo não batia certo. Rufiz recusava conhecer os vizinhos, os cães dos vizinhos, os filhos dos vizinhos, as galhinhas dos vizinhos, apenas queria viver aquele amor a três, eles e o cão.
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Certo dia, a merda atingiu a ventoinha. Justina chegou a casa e Rufiz estava todos nu a experimentar preservativos e a testar vibradores. Era tudo novo para ele.
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Descontrolada, berrou: Não achas que é tarde para os preservativos!
Em pânico, vestiu uns Calvin Klein e indagou: Tarde como?
- Eu estou grávida meu parvalhão!
- Meus deuses do Universo.
-Pois....
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Rufiz, sentou-se, de mãos entre a cabeça e murmurou: eu sou um Alien.
Esta seria a parte da história (moral) em que quem feio ama bonito lhe parece, mas não o é.
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Um Alien? Tu estás a brincar comigo? Bramiu Justina. Agora tudo faz sentido. O sexo, o teu comportamento estranho.
- Eu ia contar-te...
-Quando? Quando?!
-Quando fosses ao oftalmologista. Isto é, para a semana.
Justina irada fechou-se no quarto a ver uma novela da TVI atrás da outra.
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Uma semana mais tarde.
Justina entrou em casa e encontrou Rufiz de malas feitas. Abanou a cabeça e proferiu:
-Aonde pensas que vais?
-Embora...
- Nem penses!
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Justina saltou para o colo de Rufiz e ali mesmo no chão fizeram amor. Nessa noite Rufiz ficou a saber que iam ter um pequeno Alien e agora vem a moral da história. Se é que isto tem moral? O senhor de branco está completamente errado quando condena o amor entre pessoas do mesmo sexo, ou pessoas que são diferentes e sim, o preservativo é para ser usado senhor Bento. Ou quer Alienzinhos a povoar a terra?
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Mas isto sou só eu
O meu agradecimento à Justina e ao Rufiz por me autorizarem a publicação desta história