
Como gastar palavras e não dizer nada.
Esta roda-viva de emoções irrefreáveis, sem cor, conjugadas numa linha recta onde o fim nunca é visível nem palpável leva-me a crer que tudo não passa de uma brincadeira do destino. Uma partida. A minha vida estagnou. Num pântano escuro aonde a luz não entra porque não deixo. Luz. O que é a luz? Saberemos? Existem infinitas, imensuráveis, feições da luz. Porque não a deixo entrar? A existência é um arcano. Eu sei. Eu penso. O enigma é encontrar-me. Procuro-me nas salas da minha casa e não me encontro. Onde estou? O eu? Onde está? Será que a minha procura é uma causa perdida? Afinal a vida é uma utopia. Sim, é! E o eu? Afinal serei perene? Ou findarei em pó? Indago-me sobre o eu. Partilho com o mundo esta minha dúvida existencial. O que se passa comigo? Serei só eu a elaborar estes pensamentos? E o outro? Partilha desta angústia? Chego a uma conclusão. A vida é assoalhada por um papel com cores adulteradas, e só aqueles que estão disposto a dilacerar esse mesmo papel, encontram o "eu". Ainda não o consegui fazer.
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Ok meus amigos. Aqueles que tiveram paciência para ler este texto. Os meus parabéns.
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Este texto foi escrito por mim mas não fui eu que o escrevi. Confusos?
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Este texto. Este palavreado todo resume-se a uma frase: Depressão. Em vez de ter gasto tantas palavras e ter arranjado tantos floreados. Eu poderia ter simplesmente escrito isto. E agora leiam o segundo texto.
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Ando perdida. Procuro por alguém que me olhe de uma forma especial. Um olhar que diga algo. Não aqueles olhares vazios a que já me habituei. Alguém que entenda o que sou, porque o sou e que queira descobrir o que ainda não alcancei sozinha.
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Este segundo texto, do meu ponto de vista resumia muito bem toda a palhaçada que escrevi no primeiro texto. Que, apesar de não estar mal escrito. Tem palha para olhos de burro.
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E agora perguntam vocês: mas que raio vem a ser isto Alien?
Ok. O essencial a maior parte das vezes diz-se em poucas palavras. Ou em muitas palavras mas boas. Quando se tem a pretensão de mostrar que se sabe escrever - não sabendo- caímos no ridículo. E dei por mim a ler alguns textos na Bloggosfera aonde este caso se dá. Não me arrasem na caixinha dos comentários. Não batam muito. Eu só estou a constatar um facto.
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Deparei-me com textos como o que escrevi em cima. O esforço para que o texto pareça inteligente é tão grande que se nota a milhas. E é triste. Às vezes uma frase bem escrita substituía esse texto e dava ao autor uma imagem bem mais positiva.